Depois do Ouro Olímpico, Djokovic Terá Condições de Conquistar o Seu 25º Grand Slam no US Open?

Após conquistar o tão sonhado ouro olímpico, Novak Djokovic, agora com 37 anos, não tem mais nada a provar no mundo do tênis. No entanto, o sérvio tem a oportunidade de ampliar conquistas em sua brilhante carreira ao buscar mais um título de Grand Slam no US Open deste ano. Djokovic, que caiu de joelhos e chorou sobre o saibro de Paris após derrotar o jovem Carlos Alcaraz para completar o “Golden Slam”, já consolidou sua posição como o maior de todos os tempos (GOAT) no tênis masculino.  O sérvio é o atual campeão do Grand Slam americano, ou seja, vai ter defender os pontos e título conquistado em 2023 para se manter no topo do ranking. No ano passado, Djoko venceu o russo Medvedev na final por 3 sets a 0. Seu triunfo no último US Open, onde alcançou seu 24º título de Grand Slam, o colocou dois títulos à frente do espanhol Rafa Nadal e quatro à frente do suíço Roger Federer, ambos seus maiores rivais ao longo da carreira. Com Nadal fora do US Open deste ano devido a uma lesão e Federer já aposentado, Djokovic é o único remanescente do trio que dominou o tênis masculino nas últimas duas décadas.  Djokovic mais forte após ouro? A vitória nas Olimpíadas de Paris foi especialmente impressionante, considerando que veio apenas dois meses após uma cirurgia no joelho e contra Alcaraz, o jovem espanhol de 21 anos que o derrotou na final de Wimbledon, em um confronto que parecia sinalizar uma mudança de supremacia no circuito. De volta a Belgrado, Djokovic foi recebido como herói, descrevendo a conquista do ouro olímpico como “a maior realização esportiva que já tive”.  O carinho que sentiu na capital sérvia contrasta com as recepções, por vezes frias, que ele enfrentou em outras partes do mundo, onde os fãs já tinham suas preferências por Federer e Nadal antes da ascensão de Djokovic. Agora, como tetracampeão do US Open, Djokovic enfrenta o desafio de tentar conquistar seu 25º título de Grand Slam em Flushing Meadows. Resta saber se o sérvio está preparado fisicamente para jogar em um piso mais rápido, já que mentalmente ele está mais forte do que nunca. O joelho que a pouco tempo atrás parecia ser um problema para Djoko, não deve ser um obstáculo já que aparentemente ele se saiu bem quando foi exigido contra Alcaraz em Paris.  Um ponto de cuidado para ele pode ser a maratona de jogos. A campanha do sérvio no US Open vai definir se ele conseguirá realmente chegar na final, já que Grand Slam são jogos de até 5 sets, diferentemente dos últimos duelos que ele atuou nas olimpíadas.  A queda física, que é natural com o envelhecimento, deve exigir cada vez mais de Djoko, que terá que usar inteligência para saber usar “encurtar” os caminhos dentro da quadra. Em contrapartida, a experiência é uma vantagem já que o sérvio conhece o seu próprio corpo com relação ao condicionamento físico, além de estar bem familiarizado com a competição que já ganhou 4 vezes na carreira. Créditos: Reuters