Por que o desempenho de Vinícius Jr é tão abaixo na seleção brasileira? O que os números dizem?

Créditos: CBF

A temporada de 2024 tem sido uma das melhores de Vinícius Júnior quando o assunto é clube, porém as últimas apresentações do atacante com a camisa da seleção brasileira tem deixado a desejar. 

No empate de ontem(24) por 0 a 0, contra a Costa Rica pela estreia do Brasil na Copa América, o camisa 7 acabou deixando o campo no segundo tempo para a entrada de Endrick. Em coletiva após o jogo, o técnico Dorival explicou o motivo para a alteração.

“Colocamos o Vini Jr. pelo lado, por dentro, também não vimos encontrando o caminho. Estava bem marcado e tínhamos que buscar uma solução, tentando uma mudança. Em razão de ganhar essas segundas bolas, estávamos apresentando um volume muito bom e tivemos que fazer mudanças em peças”, disse.

Créditos: Rafael Ribeiro/CBF

Números de Vinícius Jr são ruins?

Os números do atacante na seleção mostram que a fase não é boa e as atuações estão “apagadas” em comparação ao que o mesmo desempenha no Real Madrid. Desde que se recuperou de uma lesão no bíceps femoral, o atacante do Real atuou em 9 partidas, sendo 4 delas pelas eliminatórias, 4 amistosos e 1 partida da Copa América. Em todos esses duelos, ele não marcou gol e só deu uma assistência. 

Ontem contra a Costa Rica, Vinícius tentou completar 6 dribles contra seus adversários, mas não conseguiu concluir nenhuma dessas jogadas. Um dos motivos que pode explicar esse baixo desempenho exclusivamente na partida de ontem pode ser direcionada a uma fator que independe do atleta: o gramado.

Os gramados nesta edição da Copa América estão com as dimensões reduzidas em 100m x 64m,  diferente aos que são usados na maioria das competições internacionais da FIFA que é 105m x 68m, ou seja: na competição da Conmebol, os campos são 5m mais curtos, além de 4m mais estreitos. Com menos espaço dentro do gramado, uma das jogadas mais aproveitadas por Vini se torna quase nula: avançar em alta velocidade a partir de lançamentos nas costas das linhas defensivas. 

Créditos: CBF

No duelo contra a Costa Rica, que atuou com linha baixa e uma proposta totalmente defensiva, o atacante não encontrou espaço para fugir da marcação. Apesar do empate na estreia, Vini acredita que a próxima partida deve ser diferente,  já que o time vai estar mais adaptado às condições da competição. 

“Temos que melhorar, eu sei que devo melhorar, o que posso fazer pela nossa seleção, nosso país. Hoje entendemos melhor a competição, campo, árbitro e jogadores. Toda vez que eu tentava jogar tinham três ou quatro para marcar. Temos que nos adaptar, tirar proveito de tudo que fizemos errado”, comentou o ponta.

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